A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) decidiu, nesta quinta-feira (3), a adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no vestibular 2015, em substituição à seleção tradicional realizada pela Covest. A votação foi realizada na reitoria da instituição, na Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife, e contou com a participação de 40 conselheiros. Desses, 36 votaram a favor da adesão, dois votaram contra e dois se abstiveram.
Apesar da aprovação, o vestibular do conjunto das engenharias (CTG), realizado no meio do ano, continua sendo feito através da Covest. Também permanecem a terceira etapa do curso de química e os testes de habilidade dos cursos de música. A UFPE é a última instituição federal nordestina a aderir ao Sisu.
O reitor Anísio Brasileiro comemorou a decisão. "O Sisu é uma maneira muito boa de agregar mais alunos do interior e de escola pública e, provavelmente, trará alunos de outros estados. Mas isso é uma coisa boa. O sistema Enem-Sisu fortalece a qualidade da entrada dos estudantes na UFPE, que é o nosso objetivo. Ele fortalece uma visão republicana e nacional da educação pública superior e os laços com a educação básica e o ensino médio", disse.
A partir de agora, as vagas da instituição serão preenchidas através do Sisu, que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Até o vestibular 2014, o Enem servia apenas como primeira fase. Na última seleção, a UFPE contou com 6.607 vagas, distribuídas em 97 cursos na segunda fase do vestibular, realizada pela Covest. Mas, desde 2011, o curso de oceanografia disponibiliza as 25 vagas pelo Sisu. Em 2013, foi a vez do curso de estatística aderir ao sistema, com 30 vagas. Até então, eram os dois únicos cursos que não utilizavam o vestibular feito pela Covest como processo seletivo.
A votação que definiu a adesão ao Sisu foi finalizada por volta das 12h. Por enquanto, o número de vagas disponibilizadas instituição não será alterado.
Discussão
A reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José de Sena, convidada para apresentar os resultados que a instituição obteve com o Sisu, ressaltou que o saldo é positivo, mas que é preciso mudanças no sistema para agradar cada vez mais estudantes. "Acredito que é preciso uma outra roupagem no Sisu, em que o candidato possa escolher o curso de outra maneira, sem ser pelo ponto de corte do curso ou pela nota que ele tirou. Nesse sentido, o candidato entraria exatamente no curso que quer e não no curso em que der pra ele entrar", palpita.
Apesar da aprovação, o vestibular do conjunto das engenharias (CTG), realizado no meio do ano, continua sendo feito através da Covest. Também permanecem a terceira etapa do curso de química e os testes de habilidade dos cursos de música. A UFPE é a última instituição federal nordestina a aderir ao Sisu.
O reitor Anísio Brasileiro comemorou a decisão. "O Sisu é uma maneira muito boa de agregar mais alunos do interior e de escola pública e, provavelmente, trará alunos de outros estados. Mas isso é uma coisa boa. O sistema Enem-Sisu fortalece a qualidade da entrada dos estudantes na UFPE, que é o nosso objetivo. Ele fortalece uma visão republicana e nacional da educação pública superior e os laços com a educação básica e o ensino médio", disse.
A partir de agora, as vagas da instituição serão preenchidas através do Sisu, que utiliza a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Até o vestibular 2014, o Enem servia apenas como primeira fase. Na última seleção, a UFPE contou com 6.607 vagas, distribuídas em 97 cursos na segunda fase do vestibular, realizada pela Covest. Mas, desde 2011, o curso de oceanografia disponibiliza as 25 vagas pelo Sisu. Em 2013, foi a vez do curso de estatística aderir ao sistema, com 30 vagas. Até então, eram os dois únicos cursos que não utilizavam o vestibular feito pela Covest como processo seletivo.
A votação que definiu a adesão ao Sisu foi finalizada por volta das 12h. Por enquanto, o número de vagas disponibilizadas instituição não será alterado.
Discussão
A reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José de Sena, convidada para apresentar os resultados que a instituição obteve com o Sisu, ressaltou que o saldo é positivo, mas que é preciso mudanças no sistema para agradar cada vez mais estudantes. "Acredito que é preciso uma outra roupagem no Sisu, em que o candidato possa escolher o curso de outra maneira, sem ser pelo ponto de corte do curso ou pela nota que ele tirou. Nesse sentido, o candidato entraria exatamente no curso que quer e não no curso em que der pra ele entrar", palpita.
Segundo ela, a taxa de desistência dentro da UFRPE permaneceu a mesma que era antes de usar o Sisu como processo seletivo: 3,5%. "O aluno sai da universidade e vai procurar outras através de financiamento porque quer o curso de sua preferência, que não teve nota suficiente para passar no Sisu", afirma.
Na última terça-feira (1º) professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) estiveram em reunião com o Conselho Coordenador de Ensino, Pesquisa e Extensão (CCEPE) da UFPE para apresentar o resultado de uma pesquisa que avaliou as universidades que aderiram ao Sisu.
Entre as conclusões, foi constado que o sistema democratiza o acesso ao ensino superior principalmente para estudantes de escola pública e de cidades do interior do estado, que tem mais dificuldade em se deslocar para realizar provas de vestibular. Ainda segundo a pesquisa, no Nordeste, 89,27% dos aprovados moram na mesma região em que a instituição de ensino está localizada - dado semelhante ao restante do país. Isso quer dizer que a maioria das vagas do Sisu são ocupadas por estudantes locais, o que preocupava alguns críticos pela "invasão" de alunos de outros estados.
Das 63 universidades federais do país, 54 já aderiram ao Sisu de maneira parcial ou total. Os dados e pesquisa são da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes).
Covest
De acordo com a assessoria da UFPE, a Covest, responsável por elaborar a prova da segunda fase do vestibular, continua fazendo provas para outros concursos após a mudança, só deixará de fazer a da UFPE. Apesar de ligada à UFPE via Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade), ainda não se sabe se vai haver mudanças significativas na organização.
Das 63 universidades federais do país, 54 já aderiram ao Sisu de maneira parcial ou total. Os dados e pesquisa são da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes).
Covest
De acordo com a assessoria da UFPE, a Covest, responsável por elaborar a prova da segunda fase do vestibular, continua fazendo provas para outros concursos após a mudança, só deixará de fazer a da UFPE. Apesar de ligada à UFPE via Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade), ainda não se sabe se vai haver mudanças significativas na organização.
G1 PE
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